EDUCAÇÃO: "Aulas de 30 minutos e paralização na região"

Alunos são dispensado mais cedo e aulas suspensas para marcar uma mobilização de Professores no Paraná 

Os  Professores e  funcionários de escolas da região Vale do Ivaí, participam de uma   mobilização  que abrange o Paraná. Na região, as aulas foram mais curtas, de apenas 30 minutos em escolas do núcleo regional de educação de Apucarana, e assim ocorreu também em vários outros municípios, por isso os estudantes da rede pública do Paraná foram liberados uma hora mais cedo nesta terça-feira  (18-04) para que os professores possam se dedicar à preparação de aulas e às demais atividades fora da sala. A jornada reduzida em sala de aula faz parte da campanha que reivindica a implantação da hora-atividade integral no Estado. O governo estadual recorreu à Justiça para barrar a campanha, que teve início em 11 de fevereiro. Porém mesmo com agravo de instrumento obtido pelo governo, o protesto foi mantido uma vez que a APP- Sindicato, que representa a categoria no Paraná, não foi notificada oficialmente. Em nota da APP informou:   “Compreendemos que valorizar o/a professor/a significa, em primeiro lugar, estabelecer uma relação de respeito às suas necessidades, como profissional e como cidadão, sempre tendo como perspectiva a qualidade do ensino. Necessariamente isto passa por melhores condições de trabalho, em que se considere a composição da jornada com pelo menos 33% de hora-atividade, além de salários dignos. Isto resultará em profissionais mais motivados, menos adoecidos e mais preparados para ministrar aulas e participar do processo educativo nas escolas e no sistema de ensino como todo”, diz a nota.  MOBILIZAÇÃO NACIONAL:  Já nesta quarta-feira, 19 de março, os professores estão suspendendo as aulas.   Nos dias 17, 18 e 19 de março, trabalhadores em educação de todo o Brasil marcaram uma mobilização pela educação pública de qualidade. A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), que representa mais de 3 milhões de educadores das redes públicas de ensino de educação básica, exige o cumprimento da lei do piso, carreira e jornada, investimento dos royalties de petróleo na valorização da categoria, votação imediata do Plano Nacional de Educação, destinação de 10% do PIB para a educação pública, contra a proposta dos governadores de reajuste do piso e contra o INPC.